Basquete e Quadrinhos: Combinam?

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Publicado em: 24/03/2014

Um dia depois dos incríveis 61 pontos convertidos por King James contra o Charlotte Bobcats a Marvel Comics soltou um tuite com uma ilustração realizada por Greg Land em homenagem a LeBron e sua máscara (clique aqui para vê-la inteira). Greg Land não é o desenhista mais amado da indústria de quadrinhos americana e apesar do desenho ser de gosto bem duvidoso (se a máscara que LeBron usou na vida real era bem esquisita, essa com citação ao Capitão América não serve nem para sair no Carnaval do Rio), o que vale é a intenção.

Enfim, quando vi essa imagem resolvi puxar pela memória – e pela internet – alguns casos de HQs que tiveram ou têm o basquete como tema. Vamos a elas:

Barkley vs. Godzilla

Em 1993 a Nike lançou um comercial em que Charles Barkley enfrenta Godzilla em uma partida de basquete.

Como o senso de ridículo não estava em pauta, no mesmo ano a empresa encomendou à Dark Horse uma HQ sobre o confronto.

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Considerada uma das histórias mais esquisitas já realizadas sobre o monstrengo japonês, conta a história de um garoto que tem como seu maior sonho encontrar o grande ídolo e “maior guerreiro da Terra”, Charles Barkley. De repente Godzilla surge na costa da Califórnia, e quem é o único capaz de enfrentar um monstro com 90 metros de altura? Barkley, claro! O garoto entrega uma moeda mágica ao seu ídolo que faz com que ele se torne um gigante.

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Equiparados na altura, Barkley gigante propõe a Godzilla resolver tudo numa partida de um contra um.

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Após tomar uma sova do lendário jogador do Suns, Godzilla derrete a bola (literalmente). Barkley fica fulo da vida, dá um pito em Godzilla (“Qual é o seu problema, você vai sempre destruir a bola quando o jogo não estiver ao seu favor?”) e surge com a brilhante ideia de passar treinos de fundamentos ao monstrão que o deixarão ocupado pelos próximos 100 anos.

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Pausa… Será que há maior maluquice que isso?

Escrita pelo competente Mike Baron (fera, criador de Badger e Nexus), desenhada por Jeff Butler, a história é muito simpática, intencionalmente jocosa e conta com pérolas, como:

“Vou desafiá-lo no um contra um. Ninguém sabe que Godzilla é uma droga no basketball”

“Você (Godzilla) sabe jogar. Com um pouco de treino, talvez possa fazer um teste no Bulls, um daqueles times de segunda categoria”.

Já imaginaram? Godzilla dividindo espaço nesse ” timinho” de segunda de Jordan, Pippen e Cia?

LeBron: King of the Rings

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LeBron James já foi personagem de uma HQ em 2004, chamada “King James”, fazia parte de uma ação de comunicação para o lançamento de uma bebida energética. Em 2012, Marvel e ESPN se juntaram para contar a história sobre um futuro hipotético em que LeBron ganharia 8 títulos nacionais. Novamente usando do humor, a história coloca LeBron em diversas situações: treinando lance livre com Rick Barry, meditando com monges tibetanos, desenvolvendo a capacidade de levitar, jogando em um time em que Battier virou um morto vivo e Eddy Curry pesa 170kg, sendo clonado para compor um time apenas de LeBrons e outras situações super realistas.

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Escrita por Ty Wenger e contando com vários desenhistas, inclusive com o mestre brasuca Mike Deodato Jr, obviamente não é uma história para ser levada a sério, como o Bleacher Report parece ter levado (leia aqui).

É possível ler a HQ  no site da ESPN gringa, portanto, gaste seu inglês e dê uma checada: LeBron: King of the Rings

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Em 2012, no primeiro jogo do Brooklyn Nets no Barclay Center, foi distribuída a primeira e única edição de “BrooklyKnight” contando a origem do heróico mascote do time. Escrita por Jason Aaron e desenhada, novamente, por Mike Deodato Jr, há pouco a se falar sobre a obra, exceto que a história é besta, o mascote horroroso, mas arte de Deodato é esplendorosa.

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Também está disponível online, vale uma checada: BrooklyKnight

Kuroko no Basuke

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Em tradução livre, algo como “Basquete de Kuroko”, é um mangá (história em quadrinhos japonesa) lançado em 2008. Escrito e desenhado por Fujimaki Tadatoshi, ainda é publicado semanalmente no Japão. Conta a história de um time colegial que luta para chegar ao campeonato nacional. Kuroko Tetsuya fez parte da “Geração Milagrosa” no ensino fundamental. Armador de ofício, Kuroko era o 6º jogador desta geração imbatível. Após o término do fundamental, o time se separou e cada jogador foi para um colégio diferente. Kuroko foi para Seirin High, onde conheceu Kagami Taiga, japonês que morou nos EUA e possui um talento físico bruto. Para conseguir chegar ao Campeonato Nacional Kuroko terá que enfrentar seus ex companheiros de time.

O mangá é bem bacaninha, com uma mistura entre tensão, drama e comédia típica das publicações japonesas. Mas é necessário praticar muito a tal da “suspensão de descrença” para curtir a HQ. Quem não se lembra de “Super Campeões”? Como no anime sobre futebol, a capacidade técnica dos personagens de Kuroko no Basuke chega ao extremo do absurdo. Por exemplo, Kuroko é um passador nato, mágico mesmo. Há um personagem chamado Kise Ryōta capaz de emular os movimentos de outros jogadores. Midorima Shintarō tem um arremesso mortal de qualquer lugar da quadra, não erra nada, inclusive quando arremessa de dentro do garrafão do seu time em direção ao garrafão do time adversário. Mas se você esquecer a velha e chata frase: “Puuuutz, que forçado!”, dá para se divertir lendo as aventuras de Kuroko e sua turma pelas quadras de basquete do Japão.

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Kuroko no Basuke não é o primeiro mangá de basquete lançado, antes Slam Dunk fez muito sucesso nos anos 1990 (mas como não li, vou deixar de lado, por hora). Compunha a santa trindade de sucessos com Dragon Ball Z e Yuyuhakusho (Dragon Ball todo mundo deve ter visto e Yuyuhakusho passou por muito tempo na TV aberta brasileira)

Além do mangá, também foi produzido um anime (desenho animado) de Kuroro no Basuke, que está indo para sua segunda temporada. Abaixo o trailer:

Aço

E agora a cereja do bolo. Aço é um personagem do universo do Superman, criado na década de 1990 logo após a saga intitulada “A Morte do Superman”. Surgiu para tentar cumprir a função de ser um dos substitutos do defunto. Bom, mas o que isso tem a ver com o basquete? Em 1997 foi lançado um filme baseado no personagem, o ator recrutado para levar Aço às telas foi nada mais nada menos que Shaquille O’Neal.

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Acho que de todas as maluquices que O´Neal já fez na vida, Aço deve estar no TOP 3. O filme é horroroso, de uma vergonha alheia sem tamanho. Custou 16 milhões e teve a incrível façanha de arrecadar apenas 1,7 milhões de dólares. Certamente uma das piores adaptações de quadrinhos para a grande tela. Só recomendo se você quiser assistir a uma comédia involuntária.

Confira o trailer:

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