Re: TO do UFC - MMA

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O UFC 183 teve apenas um vencedor - Nick Diaz
Durante todo o sábado passado, nas horas que antecederam o UFC 183, recebi mensagens de amigos perguntando sobre o horário do evento e da luta de Anderson Silva. Elas vinham tanto de pessoas que gostam de MMA e sempre acompanham o esporte, como de amigos que nunca - ou quase nunca - haviam me interpelado sobre o assunto.
Esse é um retrato real e bem pessoal de como a volta do Spider era aguardada por todos. Anderson é, seguramente, o pai da popularização do MMA no Brasil. Entrevista no Fantástico, chamada no Jornal Nacional, especial no Esporte Espetacular, bate-papo com Faustão. Dentro do octógono, é exemplo de técnica. É vencedor. Fora dele, tem cara de gente boa, fala tranquila, mostra uma família feliz. Ou seja, possui a imagem de uma pessoa que poderia ter sido um engenheiro, mas virou lutador. O fato de passar pelo drama de uma contusão gravíssima, dentro de uma competição, impulsionou ainda mais a luta contra Nick Diaz.
O retrato econômico do evento foi divulgado mais tarde. Mesmo exibindo um replay da luta, a Globo teve ótimos índices de audiência: 20 pontos em Brasília, 18 em São Paulo e 16 no Rio. Tudo isso às 4h da manhã no horário local. Cerca de 67% dos televisores ligados na capital paulista no período estavam sintonizados no UFC 183. O melhor desempenho em 2014 havia sido no combate entre José Aldo e Chad Mendes, que bateu 12 pontos. Nos EUA, o pay-per-view bateu cerca de 700 mil vendas, segundo estimativas. A média em 2014 foi de 300 mil. O número é um recorde para eventos em que não há uma disputa de cinturão.
Quando o sorriso de Dana White e dos irmãos Fertita, proprietários do UFC, já não tinha mais para onde crescer, o cavalo caiu. Não era apenas um doping, mas o maior doping da história do evento. Anderson, embaixador da marca e responsável direto por todos esses números escritos acima, foi flagrado por uso de um esteroide durante o período pré-luta. Junto a ele, Diaz teve metabólitos de maconha detectados na sua amostra.
Frente ao estarrecimento de público, mídia e atletas, o UFC se embaralhou nas próprias pernas. Primeiro, emitiu comunicado em que se dizia “desapontado” com Anderson. Depois, em nota assinada por White, mostrava apoio irrestrito ao brasileiro por tudo que ele fez ao longo de nove anos na organização.
No entanto, o fato do teste ter sido feito em 9 de janeiro e só ter o resultado divulgado no último dia 3 ainda coloca em xeque a lisura do UFC 183: teria a organização escondido o doping para não cancelar o evento e ter enormes perdas financeiras? Eles negam.
Além disso tudo, o UFC manteve o Spider como treinador do The Ultimate Fighter Brasil 4, nova edição do reality show da organização que está em meio a gravações. Ou seja, manteve um lutador pego em doping como garoto-propaganda. É um risco aparentemente pouco calculado. Se a inocência de Anderson acabar sendo provada, ótimo: o UFC mostrou lealdade a uma de suas principais figuras. Se não, é outro belo arranhão na imagem.
O uso de um esteroide é visto na sociedade como trapaça, é levar vantagem sobre um oponente se valendo de meios ilegais. Soa a sujeira. Por outro lado, a utilização de uma droga recreativa, como a maconha, é vista apenas como um desvio de conduta.
Voltemos à luta do último sábado. Enquanto Anderson desfilava técnica, chutes e socos e não conseguia (ou, segundo teorias da conspiração, não queria) derrubar Diaz, o americano, desconhecido pela maioria dos brasileiros, passava uma imagem de “doidão” com suas provocações. Chegou até a deitar do octógono, chamando o brasileiro para o combate direto. Enquanto Anderson jura inocência e White perde os cabelos que já não tem, Diaz relaxa. Ele é aquilo mesmo que pensávamos.
Na verdade o Belfort é faixa preta do sobrinho do Hélio Gracie, primo do Rickson, Royce, Royler, etc.Marvelous escreveu:Vitor eu achei que dava mas foi um vexame, e ainda é faixa preta de jiu jitsu do Grace pai.
Jacaré é o mais fraco deles, não vejo ele ganhando.